SCARLETT SINGS TOM.

Ok ok, Scarlett Johansson, a musa de Encontros e Desencontros (hit indie de Sofia Coppola), a sex symbol do momento em Hollywood, detentora de um dos maiores salários do cinema, resolve entrar na carreira musical. Você deve pensar: "Puuutz, mais uma dessas atrizes de merda que porque são gostosas vão vender muitos discos rebolando na tela da MTV e cantando músicas infames sobre sexo." Mas, pra nossa sorte, isso pode se demonstrar como um tremendo engano.

Scarlett não é como as demais atrizes blockbuster de Hollywood. Ela é cool, coisa que aliás, sua concorrente mais próxima como sex symbol da atualidade, Natalie Portman, também o é. Salvo algumas raras exceções (A Ilha, The Nanny Diaries, alguém?) a moça sempre escolhe bons filmes, bastante cults por sinal. Não é de se estranhar, que sua incursão musical comece num disco recheado de covers do (bohêmio/ator/compositor/gênio) Tom Waits.

Em entrevista ao jornal inglês The Telegraph, Scarlett declarou seu amor as músicas do Nova-Iorquino e ainda diz "ter se tornado um ser sexual" ao ouvir canções de David Bowie, que aliás, participa do seu disco. Neil McCormick, que escreve para o Telegraph, disse algumas de suas impressões sobre o disco. "A primeira vez que escutei a voz dela saindo dos alto-falantes eu achei que estivesse ouvindo um cara. A voz dela é grave, tremida. Imagine a Nico cantando com o Flaming Lips tocando. Com ácido. Johansson fez um disco realmente bizarro."

Pense em algo surpreendente, hein? A mulher quer me deixar ainda mais apaixonado. Algumas notas de McCormick sobre a produção deixa o disco ainda mais tentador: "É um disco sonhador, luxuoso, cinemascópico, em que a voz inexpressiva de Johansson é só mais um elemento da melodia, camada por camada de som propostidamente mal tratado." O disco sai em maio.

Tom Waits - Big In Japan [mp3]


David Bowie - Ashes To Ashes [mp3]