sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ZIRIGUIDUM APRESENTA: THE TOP 20 ALBUMS OF 2007

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A dupla de DJs franceses apontada como sucessora do Daft Punk lançou seu álbum de estréia em 2007 e logo dominou de vez as pistas de toda Europa e Estados Unidos. As batidas sujas de electro-house encontraram uma casa na onda new rave que domina a música independente e contrariou a tendência dominante no eletrônico atual onde o minimal trance tem crescido bastante. Doze faixas dançantes, por vezes perturbadoras, mas que conseguem fazer qualquer um mexer o bumbum. O grande sucesso D.A.N.C.E. traz batidas disco e vozes infantis, meio Jackson 5, e segundo a dupla é uma homenagem ao comunista Michael Jackson. DVNO traz uma linha de baixo poderosa. E Phantom Part I e II é quase vulgar de tão sujas e rasgadas são suas batidas. (capa) (download)

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Pela primeira vez em sua carreira, Sam Beam contou com uma banda completa de músicos na gravação de um disco. O resultado foi o denso e super bem-produzido The Shepherd's Dog. O álbum marca a evolução praticamente concluída de alguém que começou gravando em seu quarto coisas do tipo "voz e violão" para um músico virtuoso, capaz de unir vários estilos musicais sem fugir das suas raízes folk. The Shepherd's Dog flerta em especial com a música africana, como demonstrado na empolgante House by The Sea, que traz batidas ritmadas percussivas como as de canções típicas do oeste da África. O disco ainda tem pérolas do folk como a estonteante abertura de Pagan Angel And A Borrow Car e a caprichosa Boy With A Coin, que conta com um riff dedilhado sensacional. Um disco maduro, com letras conceituais e passionais, típicas de Sam Beam, que dá o tom com sua voz quase sussurrada. (capa) (download)

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Em Night Falls Over Kortedala, Jens Lekman mostra ser um homem em profunda adoração com o passado mas sem significar que sua visão musical seja antiquada ou meramente contemplativa. Ao longo das doze faixas do terceiro LP do cantor e compositor sueco, somos levados a uma viagem pitoresca pelas décadas de 50 e 60, com suas composições repletas de pop jazzístico, folk tradicionalista, salsa, samba, e até motown. Adicione a tudo isso as batidas etéreas do pop eletrônico sueco do Honeydrips, Studio e Tough Alliance e temos um disco suave, caprichoso do início ao fim. Jens canta com ironia de seu próprio fracasso, sem medo de parecer bobo ou estúpido. Isso conta a seu favor já que dá as músicas um clima muito mais descontraído, divertido. É impossível ouvir sua carta de solidariedade para com uma amiga lésbica (Postcard To Nina) ou seu lamento por ser tímido e se atrapalhar ao conversar com a pessoa amada (Kanske Ar Jag Kar I Dig) sem dar risadas. (capa) (download)

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Foram quatro anos de espera entre Hail To The Thief e In Rainbows, e se não bastasse a ansiedade dos fãs, Thom Yorke e sua banda ainda surpreenderam o mundo musical ao lançar o disco independentemente, via web, e sem cobrar nada por isso. A manobra, além de conquistar publicidade, acabou ofuscando um pouco o brilhantismo deste que é o melhor disco da banda desde Kid A e talvez seja, ao lado de Ok Computer, o álbum onde a banda inglesa mais experimenta sem perder sua acessibilidade. Do começo com as batidas eletrônicas e o riff dedilhado de Greenwood em 15 Step aos loops e vocais desolados de Thom Yorke em Videotape, o disco desce suave sem nunca parecer perder sua coesão. 45 minutos de batidas certeiras, riffs deliciantes, produção rebuscada e letras maravilhosas como só o Radiohead é capaz de oferecer. Mais um acerto da banda mais consistente e influente de nossa geração. (capa) (download)

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Se o Radiohead é a banda mais influente dessa geração, o Arcade Fire com certeza já aponta como um possível segundo colocado. Neon Bible é apenas o segundo disco do septeto de Montreal, mas mostra músicos seguros, confiantes, sem medo de dizer o que pensam sobre o mundo e de chamar pra si a responsabilidade de ser uma das vozes da música pop. Will Butler canta alto e forte como Bruce Springsteen. O riff que carrega Intervention sai de um órgão de igreja e é tão pesado quanto qualquer porrada feita numa guitarra. Keep The Car Running é urgente, complexa, como pancadas que atingem apenas os pontos vitais. São musicas fortes, envolvidas com o contexto político atual e com questões filosóficas, existenciais. Se o U2 foi a voz dos anos 80 e o Pearl Jam carregou o lado político do rock na década de 90, o século XXI vê a ascensão dos canadenses do Arcade Fire a posição de novos profetas do rock. E não esquecendo os shows, cada vez mais grandiosos e potentes, como um culto religioso. (capa) (download)

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